terça-feira, 17 de agosto de 2010

noite estranha

oite estranha essa.
Há um desejo latente de chegar logo em casa e um silêncio cortante mesmo entre os amigos mais próximos. Eu posso sentir. Funciona como se todos os seus segredos mais rasgantes de repente quisessem saltar da sua garganta e você tem saudades da sua infância. Isso se você teve uma.
Eu estou sentado na calçada me perguntando porque não aceitei o convite daquela linda mulher há uns dois anos atrás para ir para casa dela... Talvez tivesse sido apenas uma noite... Provavelmente ela teria me posto pra correr assim que a noite acabasse.
Mas com desconhecidos sempre há a probabilidade de algo mais...
Um futuro talvez.
Filhos. Jantar aos domingos. Fim de semana com os pais da moça. Cortinas novas e um lar pra chamar de meu.
Os olhos daquela mulher por alguns segundos me fizeram desejar isso, eu acho. Ou talvez seja apenas essa sexta feira agourenta que está mexendo com a minha cabeça.
Claro que eu tentei fazer como todo mundo. Terminar a escola. Ter um emprego. Ter filhos. Mas as coisas parecem não ser assim tão fáceis pra mim.
Eu sempre escolhi o caminho mais difícil, o caminho mais difícil para chegar a lugar nenhum. Mas eu teria escolhido o caminho mais difícil para o paraíso também. Até se eu fosse para o inferno iria pelo lado mais difícil da montanha.

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