O negro,
querendo encontrar o seu lado branco,
acaba se perdendo nas sombras,
por procurar tanto.
O negro,
querendo entender o seu lado negro,
adormece anestesiado na dor,
deitado num banco.
Negra é a dor despida de cor,
anunciando a sorte.
Negra é a dor vestida de luto,
chorando a morte.
Negro que nunca foi branco,
nem verde esperança.
É alegria que fica esquecida,
de uma lembrança.
É parte sentida no vácuo deixado,
por uma partida.
É adeus que permanece presente,
numa despedida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário